Suplementação de vitamina D previne fraturas?

06/08/2022

Publicado no New England Journal of Medicine no final de julho, uma nova análise do estudo VITAL, um ensaio clínico randomizado, controlado por placebo, teve o objetivo de avaliar se a suplementação de 2000U/dia de vitamina D3 resultaria em um risco menor de fraturas na população geral. Entre os critérios de exclusão, estavam história de câncer, doença cardiovascular ou hipercalcemia; os participantes não foram recrutados com base na deficiência de vitamina D, baixa densidade mineral óssea ou no histórico de fraturas. O desfecho primário contou com o primeiro episódio de fraturas totais, não vertebrais e de quadril: com mais de 25000 participantes, suplementar vitamina D3 não teve um efeito significativo no total de fraturas (HR 0,98; IC 95%, 0,89 a 1,08; P = 0,70), em fraturas não vertebrais (HR 0,97; IC 95%, 0,87 a 1,07; P = 0,50) ou em fraturas de quadril (HR 1,01; IC 95%, 0,70 a 1,47; P = 0,96). Não houve modificação do efeito do tratamento de acordo com as características basais, incluindo idade, sexo, raça, IMC ou níveis séricos de 25-OH-vitamina D. A partir deste estudo auxiliar (em 2019, não houve benefício na redução de doença cardiovascular ou câncer), no qual não houve um risco significativamente menor de fraturas comparado ao placebo, é importante reforçar que não deve ser feito uso indiscriminado (além de atentar ao uso de doses mais altas, com maior risco de intoxicação) nem dosagem universal.

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